A história do nosso país tem intensa ligação com a África. Contudo, desde a antiguidade os povos de todos os continentes exploraram a África atrás das suas riquezas, como o ouro e o sal.
A África é um continente com rica diversidade cultural. Afinal, muitos africanos desembarcaram por aqui durante a escravidão, entre os séculos XVI e XIX, trazendo junto às suas danças, culinária, rituais religiosos e costumes. Estes negros conquistaram a sua liberdade somente em 1888, ano em que foi assinada a Lei Áurea.
Período da colonização e dominação
A África já foi dominada por diferentes povos e civilizações, como os árabes, romanos e fenícios. Em torno dos anos 600 a.C., os fenícios foram fundamentais para o comércio, percorrendo o continente do Mediterrâneo até o Índico. Já no século VII, foi a vez dos árabes dominarem a região, com destaque para a região Norte e a proximidade com a Europa.
No século XIX, os países europeus dividiram a África, com Portugal, Bélgica, Espanha, Holanda, Alemanha, Itália e Inglaterra.
O continente africano e seu povo foi dominado por Portugal entre os séculos XV e XX, mantinha o controle do comércio de especiarias, se apropriando dos recursos na costa africana e ainda apreendeu negros para o tráfico de escravos.
No Brasil, por volta da década de 1530, foram estabelecidas as primeiras medidas efetivas de colonização imposta pelos portugueses. Essa escravização ocorreu, a princípio, com os nativos, e, entre os séculos XVI e XVII, foi sendo gradativamente substituída pela escravização dos africanos que chegavam no Brasil pelo tráfico negreiro.
A escravidão no Brasil atendia à demanda dos portugueses por trabalhadores braçais (tipo de trabalho que os portugueses desprezavam), principalmente, com o trabalho nas roças. A princípio, a relação de trabalho utilizada pelos portugueses foi a do escambo com os indígenas, mas logo optaram por implantar a escravidão.
A escravidão no Brasil foi tão cruel e a quantidade de africanos que foram trazidos durante três séculos foi tão grande que a imagem do trabalhador escravo em nosso país associou-se com a cor de pele do africano.
Um sintoma evidente do racismo que estava por trás da instituição da escravidão em nosso país.
A escravidão no Brasil foi cruel e desumana e suas consequências, mesmo passados mais de 130 anos da abolição, ainda são perceptíveis.
A pobreza, violência e a discriminação que afetam os negros no Brasil são um reflexo direto de um país que normalizou o preconceito contra esse grupo e o deixou à margem da sociedade.
Importante nos atentarmos que a escravidão também afetou milhões de indígenas e disseminou preconceitos em nosso país contra esse grupo também. O reflexo direto disso, além do próprio preconceito contra os indígenas, foi a redução populacional desses povos que de milhões de habitantes, no século XVI, passaram para cerca de 800 mil, atualmente, segundo o IBGE.
Fonte: Portal do IBGE
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